Por Fernando Castilho
Para os jornalões, impedir um golpe que colocaria o país de joelhos diante de um facínora por muito mais que 4 anos, socorrer em tempo recorde os Yanomami que estavam ameaçados de extinção, recriar programas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Mais Médicos, que tinham sido abandonados, não é visto como uma marca.
Abro
este texto afirmando que o mês de janeiro foi quase que totalmente prejudicado
após os atentados terroristas do dia 8, portanto, o governo Lula não tem de
fato 100 dias ainda.
A
Folha de São Paulo, em editorial, cravou que o governo Lula não tem marca. O Estadão
também tocou nesse mesmo assunto.
Para
os jornalões, impedir, em nome da democracia e do estado de direito, um golpe
que colocaria o país de joelhos diante de um facínora por muito mais que 4
anos, já que seu desejo era se manter indefinidamente no poder, instaurando uma
teocracia, não é uma marca.
Também
a atuação de Lula nas questões sociais, desde o socorro ligeiro aos Yanomami
que estavam ameaçados de extinção, até a recriação de programas sociais como o
Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Mais Médicos, não é vista como uma
marca. Aliás, os dois jornais se referiram a esses programas como sendo
“velharias”, retrógrados. Saudades de Bolsonaro?
A
Folha decretou o fim precoce do governo Lula e o Estadão afirma que o governo
envelheceu e que Lula está perdido.
As
marcas poderiam ser somente essas elencadas acima, mas há outra que esqueceram:
o novo arcabouço fiscal festejado principalmente por economistas liberais bem
ao gosto dessa imprensa. Sobre isso, não falaram nada.
Não,
a imprensa não considera ações na área social importantes. Ela gostaria muito mais
que Lula começasse a privatizar estatais. É por isso que dá pontos a Tarcísio
de Freitas, governador de São Paulo, que tem uma tara pelas privatizações. Esse
vai ser mantido em banho-maria durante 4 anos, alimentando o sonho dos jornais
de que ele seja candidato em 2026.
É
preciso lembrar que lá, no longínquo início do governo Lula de 2003, nossa
grande imprensa já reagia com fúria à criação do Bolsa Família que, segundo
ela, iria estimular a vagabundagem.
Não
podemos esquecer que, sob Bolsonaro, o Brasil se tornou pária internacional e
que agora, sob Lula, investimentos começam a chegar ao país, frutos do
reconhecimento da importância da nova administração.
Lula
3 ainda vai sofrer muitos ataques destinados a inviabilizar sua reeleição ou a
continuidade dos programas sob outro nome na presidência, mas, assim que os
êxitos começarem a surgir, o povo mais pobre, percebendo que tem emprego e mais
renda, voltará a aprovar o presidente calando a grande mídia.
Esses
77 dias de governo já foram exitosos no fortalecimento da democracia, dos
direitos humanos e na redução das desigualdades.
Um
governo que não tem uma marca somente, mas muitas.
Lula
tem muito a comemorar.