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Tanto
o MPF quanto a defesa de Lula já entregaram suas alegações finais
ao juiz Sérgio Moro.
Por
que agora a melhor saída para ele é a absolvição do ex-presidente?
O
Ministério Público Federal e a defesa de Lula já entregaram suas
alegações finais ao juiz Sérgio Moro mas ainda não há data certa
para o julgamento do caso do triplex do Guarujá.
Imagino
como deve estar a cabeça do juiz neste momento.
Por
um lado há uma esperança enorme por parte daqueles que querem ver o
ex-presidente entre as grades e veem em Moro aquele algoz apto a
acionar a guilhotina.
De
outro lado há advogados e juristas preocupados e apreensivos quanto
ao desrespeito ao Estado de Direito e à Constituição, que torcem
para que o juiz represente, enfim, imparcialmente seu papel.
Além
desse corpo jurídico há cerca de 50 a 60% da população (os
índices variam de acordo com as pesquisas) que votariam em Lula para
presidente em 2018 e que não querem vê-lo preso. Encabeçando essas
pessoas há os sindicatos, o MST e os demais movimentos sociais que
saem às ruas contra as reformas de Temer e pelas Diretas Já.
Moro
tem a oportunidade de passar para a História nesse julgamento.
Se
decretar a condenação de Lula, terá contra si a responsabilidade
de ter criado uma convulsão social.
Se
optar pela absolvição fica a dúvida se será chamado de vendido ou
covarde pela outra parte.
Há,
porém, um caminho mais simples para Moro: o do estrito respeito à
legalidade.
Ficou
comprovado nas últimas semanas que a verdadeira quadrilha de
corruptos do Brasil está no governo e no congresso. Lula só é
acusado de possuir um triplex que, na visão de Paulo Maluf são três
Minha Casa Minha Vida um sobre o outro, o que não valeria a pena.
O
MPF, em suas alegações finais facilita a decisão de Moro ao
afirmar que não conseguiu provas contra Lula e a defesa do
ex-presidente conseguiu prova de que o apartamento realmente pertence
a OAS, uma vez que a empreiteira usa o imóvel como garantia em
empréstimos, inclusive da Caixa.
Ora,
se apesar de tudo isso Moro ainda insistir no lawfare contra Lula,
estará sendo pouco inteligente. Ele se meteu numa sinuca ao
persistir na perseguição contra um só partido e contra Lula
enquanto uma quadrilha imensa, e no dizer do dono da JBS, Joesley
Batista, a mais perigosa do Brasil, roubava o país em encontros em
garagens nas madrugadas.
Acho
que deu na vista para aquele brasileiro médio, ainda não
contaminado pelo ódio ao PT disseminado pela grande mídia, que Moro
perdeu tempo ao querer prender Lula.
Portanto,
se Moro realmente quiser salvar sua biografia de juiz incorruptível
e isento, haverá de inocentar Lula e passar a observar os
verdadeiros ladrões do país.