Por Fernando Castilho
Escrevi
em meu último texto sobre a relatividade do tempo.
Muito
curto para alguns, muito longo para outros.
Pois
é, 24 horas depois desses escritos, grandes mudanças no cenário eleitoral da
disputa para a presidência da República.
Não
havia saída possível para o capitão poder escapar de uma enxurrada de processos
que viriam a partir do início do próximo ano, já que sua candidatura está
fadada a um retumbante fracasso e a tentativa de golpe se mostrará inócua.
Mas,
segundo a coluna de Mônica Bergamo, articula-se nos bastidores possível perdão
ao criminoso que ocupa por enquanto a cadeira presidencial, condicionado à sua
desistência em criticar as urnas eletrônicas, o TSE, o STF e seus ministros.
Acho
muito difícil o sucesso dessas negociações, já que o capitão tem muito pouco a
oferecer para se livrar de crimes muito graves. O nome de nosso judiciário ficaria
manchado para todo o sempre. A ver.
Outra
notícia que surgiu após meu texto é a tentativa do Aliança Brasil e seu
cacique, Luciano Bivar, apoiar Lula já no primeiro turno.
Esse
apoio, se se concretizar, seria determinante para a vitória antecipada do
ex-presidente, em que pese a contrapartida do PT que pode vir a ser uma carga
muito pesada. Porém, se Lula precisa de maioria no Congresso para garantir-lhe
governabilidade, esta estaria praticamente assegurada.
E é
claro, teremos que dar boas risadas do ex-juiz Sergio Moro, arqui-inimigo de
Lula, que disputa o Senado no Paraná pelo mesmo partido.
Outra
grande novidade é o twitter de André Janones sinalizando sua desistência da
disputa para apoiar Lula já no primeiro turno.
Detentor
de 8 milhões de seguidores e forte junto aos caminhoneiros, Janones havia
procurado Ciro e Tabet para conversar, mas não foi recebido. O único que se
dispôs a com ele dialogar foi o ex-presidente.
Como
havia adiantado em meu último texto, já há muitos candidatos ligados ao
presidente que estão evitando colar sua imagem à dele. Alguns já desembarcaram
e outros, como Arthur Lira e Ciro Nogueira, escondem a figura do capitão em sua
campanhas. Essa é a gente que iria para o nono círculo do Inferno, caso ele existisse.
A
política é assim. Dinâmica e, quando os prazos para a eleição vão ficando próximos
de se esgotarem, mudanças repentinas sempre ocorrem.
Por
isso, é necessário aguardar, ficar antenado a novas ocorrências e ser ágil na
escrita.
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