sábado, 25 de março de 2023

Não diga "eu sinto". Diga "tenho provas".

Por Fernando Castilho




Foi ainda no colegial, atual ensino médio, que aprendi sobre o método científico. Tinha um professor de Física que me inspira até hoje em minhas aulas.

Segundo o método científico, assim que se formula uma hipótese, é preciso testá-la várias vezes em condições normais de temperatura e pressão, para que possa se tornar uma verdade.

Todas as crenças, desde as mitologias até as atuais religiões, sejam elas cristãs ou não, e as superstições e crendices criadas pelo ser humano para lhe dar algum conforto espiritual nunca passaram pelo crivo do método científico, este destruidor esperanças inúteis.

Nunca houve evidências, muito menos provas. E olha que lá se vão cerca de 500 anos do Iluminismo, que deu enorme impulso às artes e à Ciência.

Algumas crendices já foram testadas e devidamente reprovadas pela...Ciência, esta chata, não é mesmo? Como exemplo, temos a astrologia, que em seu início se confundia com a Astronomia, mas, infelizmente, enquanto a última evoluiu incrivelmente (vejam as últimas descobertas do telescópio espacial James Webb), a primeira parou no tempo e não consegue responder por qual motivo planetas e estrelas tão distantes teriam o poder de influir na vida de um reles mortal do terceiro planeta a partir de uma estrela pequena como o Sol. Perdura até hoje como apenas uma brincadeira, embora tenha quem leve a sério.

Outro exemplo é a homeopatia. Sei que muita gente alimenta o desejo de que ela funcione. Sei que muita gente dirá: ela me salva todos os dias. Infelizmente, a realidade é outra. A homeopatia, testada exaustivamente, se comporta como a Cloroquina no combate à covid-19, guardando-se a diferença de que ela não faz mal. Apenas cria no paciente a ilusão de que está sendo curado. Quando a coisa fica mais feia, recorre-se ao médico alopata.

É preciso considerar que a crença na Terra plana tem a mesma raiz das crenças que o ser humano desenvolveu por não ter conhecimento científico.

Este texto não se destina a revoltar quem acredita em crendices em pleno século 21, ano de 2023, quando robôs incríveis estão sendo criados, quando inteligências artificiais já estão entre nós, quando o James Webb já enxergou galáxias em formação há apenas 300 milhões de anos desde o Big Bang e quando vacinas contra um vírus desconhecido podem ser criadas em poucos meses para salvar a humanidade. É muita Ciência e também muita tecnologia.

É preciso respeitar quem ainda crê em algo que não se comprova, mas também é preciso que os contrapontos também sejam fundamentos em dados concretos e demonstráveis.  


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