Por
Fernando Castilho
A
Presidenta Dilma Rousseff está jogando o game mais importante de sua
vida. Se passar de fase, terá mais quatro anos à frente do Governo
do Brasil. E as políticas sociais continuarão a serem
implementadas.
Porém,
para chegar lá, cada vez mais obstáculos vão sendo colocados à
sua frente, pela oposição e pela grande mídia.
Recentemente
Dilma passou por um grande obstáculo, o caso Pasadena. Embora ainda
haja possibilidade de outros desdobramentos, acho que a CPI não vai
dar em nada. As investigações poderão ser feitas, mas
lembremo-nos, os deputados também estarão em campanha em seus
estados, o que poderá esvaziar a Comissão. Se ela for levada
adiante, a Petrobrás terá a oportunidade de demonstrar a licitude
de suas ações no referido negócio, o que certamente não será
divulgado pela mídia. Será esquecida.
Outro
grande obstáculo à frente de Dilma é a realização do maior
evento futebolístico do planeta. Faltando pouco mais de 40 dias para
a abertura da Copa do Mundo no Brasil, o movimento ''não vai ter
copa'' refluiu.
O
país começa a se render ao fascínio que essa competição sempre
despertou nos brasileiros, e acredito desta vez não será diferente.
Embora
ainda haja possibilidade de protestos aqui e alí, com muito urubu da
mídia em cima do fio, só esperando para que algo saia errado (e
sempre algo sai), a verdade é que estamos todos ansiosos para
assistir à festa de abertura.
Esse
deverá ser o grande divisor de águas na campanha de Dilma.
Obrigatoriamente
a festa deverá ter um nível internacional. Deverá ser capaz de nos
emocionar, de despertar em todo o cidadão sentimento de brasilidade
e orgulho. Deverá encantar o mundo e mostrar que, apesar de todos os
percalços, apesar de toda a campanha contra, fomos capazes de
organizar uma grande festa. Nessa hora seremos todos brasileiros.
A
Presidenta Dilma Rousseff deverá estar presente na festa de abertura
ao lado do presidente da FIFA, Joseph Blatter.
Não
será surpresa se os dois receberem uma sonora vaia. Afinal, todos
sabemos da hipocrisia daqueles que, mesmo agraciados em ver realizado
seu sonho de assistir à uma Copa do Mundo no Brasil, não darão
crédito a quem possibilitou a realização desse sonho.
Se
a realização da Copa for um sucesso, e, mais ainda, se o time do
Brasil for Campeão, os protestos recrudescerão, a mídia e a
oposição vão ter que arrumar outro foco em que se concentrar para
evitar o processo eleitoral já perdido por elas.
E
é aí que mora o perigo. Se pelo voto não dá, vai ter que ser de
outro jeito. Pelo golpe. Nesse momento todos que defendemos a
democracia seremos obrigados a participar do jogo, eliminando esse
terrível obstáculo da frente de Dilma.
Por
outro lado, se o contrário acontecer, é possível que Dilma caia
nas pesquisas, assanhando a mídia e a oposição que verão então
reais possibilidades de vencerem o pleito, esfriando assim os ânimos
com relação a um possível golpe.
Por
fim, durante e após as eleições outra ameaça. A se confirmar a
vitória de Dilma, aprovada pela maioria da população, a classe
média dos grandes centros urbanos, que acha que detém a supremacia
sobre o povo brasileiro, pode querer questionar e não aceitar o
resultado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário