quinta-feira, 7 de abril de 2016

Falsos ídolos têm pés de barro

Por Fernando Castilho





Na História mais recente do Brasil podemos citar alguns: Collor, Lula, Joaquim Barbosa, o japonês da federal, Bolsonaro, Sérgio Moro, Janaína Paschoal...

Desde o início da civilização sempre foi muito grande a necessidade que o ser humano tem de encontrar um ser maior que si, alguém além dos simples mortais, alguém que lhe transcenda.

Essa é a origem dos deuses.

Fica muito difícil para o homem acreditar em sua solidão neste universo.

Mas além dos deuses, sempre se buscou ídolos ou heróis que possam de alguma forma servir-nos como exemplo, sejam eles, sacerdotes, governantes ou mesmo quem fale mais alto.

É por isso que ainda hoje se acredita que um homem como Moisés, com sua tábua com dez mandamentos possa nos dizer o que se pode e o que não se pode fazer durante os milênios seguintes à sua existência.

Os tempos mudaram, a vida mudou e hoje em dia é preciso um esforço de malabarismo para enquadrar naquela tábua as situações que o homem pós moderno vive.

Criminalizar o aborto não está lá.

Ter ódio aos homossexuais não está lá.

Corromper e ser corrompido também não está lá.

O homem precisa de muletas, precisa sempre se apoiar em algo, precisa que alguém lhe guie os passos. Por isso, cria ídolos.

Na História mais recente do Brasil podemos citar alguns: Collor, Lula, Joaquim Barbosa, o japonês da federal, Bolsonaro, Sérgio Moro, Janaína Paschoal...

Quase todos estes, à exceção de Lula, tiveram vida curta, ou como disse o internauta Emanoel Messias Dos Santos, via Facebook, compartilhado pelo blog Limpinho & Cheiroso: Caramba, os “heróis” que a mídia cria para os coxas já vêm com defeito de fábrica, não duram nadinha.

Ainda em comum com quase todos eles, a defesa de altos valores morais que acabam sempre por esfarelar feito castelos de areia.

Collor foi o presidente caçador de marajás que acabou sendo impedido.

Lula foi presidente exitoso por duas vezes e até aqui, embora muitos neguem, mantém sua ficha limpa. Mas não é por isso que devemos tê-lo como ídolo, mas sim como um idealista, pois de um momento para o outro ele também pode ser destruído.

Joaquim Barbosa foi o Batman justiceiro do STF que agora tem seu nome envolvido na compra fraudulenta de apartamento em Miami, coisa que já sabíamos há muito tempo.

O japonês da federal é o ''japonês bonzinho'' encarregado de vazar informações da Lava Jato citado na conversa telefônica do senador Delcídio do Amaral. Além disso responde a processo por contrabando.

Bolsonaro é contrário à Democracia, homofóbico, racista, contra os direitos das mulheres, etc..

O juiz Sérgio Moro ganhou admiração de grande parcela da população pelo seu estilo heterodoxo de conduzir os julgamentos da Lava Jato. Porém, após divulgação ilegal de grampos idem, mostra-se como apenas um magistrado que atua de forma ilegal e condenável.

Por fim, a mais nova coqueluche da classe média brasileira é sem dúvida a advogada do impeachment, Janaína Paschoal que armou aquele verdadeiro circo de horrores na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Não tem jeito, cada vez mais os ídolos vão diminuindo seu prazo de validade e vão caindo no esquecimento.

Novos ídolos, criados e promovidos pela grande mídia, surgirão a cada novo dia para servir de muleta àqueles que não conseguem compreender que a humanidade precisa caminhar com suas próprias pernas, auxiliando os mais fracos e necessitados, sem que tenham alguém a lhes indicar caminhos.

E novos ídolos serão um a um destruídos porquanto são falsos e possuem pés de barro.

E é só o que restará.




3 comentários:

  1. Perfeito! Na sociedade ideal, não dependeremos mais de super heróis e salvadores da pátria, que buscam apenas seus 15 segundos de fama dentro de um enredo que visa ferir de morte a democracia, que nem perfeita é. O protagonismo será do cidadão comum.

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  2. Sempre visito seu blog e aprendo bastante com seus textos. Realmente perfeita a sua colocação. A ironia sobre o defeito de fábrica dos heróis-coxinhas... essa deixarei de lado porque estou exausta das rotulações petralhas x coxinhas. Mas confesso que ri por dentro :)

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