Por Fernando Castilho
"Com pesar o passamento da minha
querida mãe. Que Deus a acolha em sua infinita bondade."
Foi assim que o presidente Jair Bolsonaro reagiu
nas redes sociais ao ser informado do falecimento de sua mãe, Olinda Bolsonaro.
Ela estava com 94 anos e não reconhecia
mais seus filhos.
O Capitão Morte visitou sua mãe pela última
vez em agosto do ano passado e, durante seus dias de folga remunerados
ilegalmente, pois não passou o cargo para seu vice, Hamilton Mourão, não se
dignou a dar uma passadinha para ver como ela estava. Preferiu se esbaldar em
pescarias, jet-ski e cavalos de pau.
Na segunda-feira, graças a complicações na
saúde já debilitada, dona Olinda foi internada às pressas no hospital de
Registro, distante de sua cidade, Eldorado.
Na quinta-feira Bolsonaro embarcou para o
Suriname para discutir acordos de cooperação com um país que tem nada ou quase
nada a oferecer ao Brasil com seu PIB equivalente à metade do PIB do estado de
Roraima (3,8 bilhões). A viagem funciona mais como um passeio pago pelo
contribuinte.
Portanto, ao embarcar, o capitão já sabia
das complicações de saúde de sua mãe, mas como empatia não é seu forte,
manteve a inútil viagem.
Hoje foi às redes sociais proferir a frase
inicial deste texto.
A Folha reproduziu as mensagens de vários
políticos ligados a Bolsonaro, inclusive seus filhos. Todas tinham conteúdo
maior que a do presidente.
É de se estranhar que a Folha e, por
enquanto, nenhum de seus colunistas, esboçou sequer um pequeno comentário sobre
a atitude fria do capitão em relação à sua mãe. Atualmente a grande mídia parece estar poupando o presidente de críticas, afinal, se a terceira via não vier, talvez para ela ele seja um mal a suportar por mais quatro anos.
Bolsonaro volta hoje para o funeral.
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