Por Palas Atena
No dia da morte de Marielle, minutos após o assassinato, Carluxo postou, nas redes sociais, foto segurando uma arma e um vaso de flores. Sorrindo, fez um gesto como que oferecendo as flores a alguém.
Na
semana passada, a PF indeferiu pedido de Carluxo para renovar autorização de porte
de arma. Ele agora não pode mais andar com a pistola 9 mm que tem, como
miliciano que é.
As
razões não ficaram muito claras. Mas hoje a PF desencadeou operação para
prender mais um participante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes
e cumprir mandado de busca e apreensão em mais sete endereços de envolvidos no
crime.
Pouco
tempo depois de federalizar a investigação no governo Lula, a PF comandada pelo
ministério de Flávio Dino já mostra resultados. Fez acordo de delação com Élcio
Queiroz, que confessou ter dirigido o carro onde estava Ronnie Lessa, o
responsável pelos disparos que mataram Marielle e seu motorista Anderson.
Alguns
fatos relevantes:
- Em
2018, ano de seu assassinato, Marielle fazia parte da Comissão na Câmara que
investigava os abusos da intervenção militar no RJ e a relação com as milícias.
O responsável pela intervenção, nomeado pelo golpista Michel Temer, foi o
general Braga Netto que, na época do assassinato, disse já saber quem tinha
mandado matá-la. Tempos depois, não falou mais nisso e ganhou um cargo
relevante no desgoverno do genocida.
-
Marielle seria candidata ao Senado, forte concorrente à vaga em disputa com Flávio
Rachadinha Bolsonaro.
-Em
14 de março de 2018, exatamente no dia da morte de Marielle e Anderson, o hoje
delator Élcio fez uma visita ao condomínio vivendas da barra, onde moram o
genocida e Ronnie Lessa. Ele foi à casa 58, de propriedade do genocida, então
deputado Federal.
- No
dia da morte de Marielle, minutos após o assassinato, Carluxo postou, nas redes
sociais, foto segurando uma arma e um vaso de flores. Sorrindo, fez um gesto
como que oferecendo as flores a alguém.
-
Nas quebras de sigilo telefônico dos assassinos, havia uma quantidade absurda
de telefonemas entre a casa de Ronnie Lessa e a casa do genocida. Para
justificar esses telefonemas, a familícia inventou que o filho 04, Jair Renan,
namorava a filha de Ronnie Lessa. Só que, na época, essa menina morava nos EUA.
- Há
ainda aquela história do porteiro do vivendas da barra que confirmou a ida de Élcio
à casa do genocida no dia do assassinato. Quando a história vazou, o marreco de
Maringá, então ministro da justiça, perseguiu o porteiro e deu sumiço nele.
São
muitas, muitas as evidências e provas que ligam o assassinato de Marielle e
Anderson à familícia. Pode ser que agora a PF descubra o(s) mandante(s). E,
como mais uma prova de que o genocida tem tudo a ver com o caso, os nomes de
Adélio e Celso Daniel já estão sendo impulsionados no twitter para manobra
diversionista sobre as revelações de hoje. Sempre que algum crime da familícia
vem à tona, os bozofascistas acionam esses nomes nas redes sociais.
A
ver cenas dos próximos capítulos desse crime hediondo contra uma das mais
promissoras políticas deste país, que teve sua vida apagada por um bando de
miliciano.
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