Era um menino de 4 ou 5 anos. Seu nome era Luís. Luisinho, era como chamávamos o filho mais velho de um velho amigo.
Numa
das ocasiões em que nos encontramos para um almoço de domingo, e
para jogarmos conversa fora, Luisinho pegou uma bola e chamou-me para
brincar com ele.
Ele
mesmo estabeleceu as regras, aceitas por mim.
Após
um chute fraquinho meu, o menino deixou a bola passar, e mesmo sem
querer, pois ele era um garoto, marquei um gol.
Luisinho
então, rápido como ele só, mudou a regra. O gol não valera, pois
eu teria que ter chutado de antes de uma risca, uma espécie de
rachadura que havia no piso. Ok, disse eu.
Era
sua vez de chutar. Fiz de conta que não consegui defender, e o gol
do Luisinho, para sua alegria, saiu.
Era
então novamente minha vez de chutar. Coloquei a bola antes da risca
que ele definiu, e chutei, também fraquinho. A bola passou por ele.
O menino fez uma cara de muchocho mas logo se recuperou. O gol não
valera pois eu só poderia chutar com a perna esquerda. Mudara
novamente a regra. (continue a ler)