Será
que o homem quer mesmo ser eleito?
Vejamos.
Antes
de Aécio se auto definir como o candidato de seu partido, o PSDB,
falava para todo mundo ouvir que era contrário ao bolsa-família.
Muito mais, chamava o programa de bolsa-esmola.
Foi
só ao iniciar sua briga política com Serra, seu desde sempre
adversário tucano, que mudou de posição, passando a apoiar o
bolsa-família, e mais, passou a dizer que ampliaria o programa e o
transformaria em lei.
Senhor
Aécio, mas o senhor é contra ou a favor do bolsa-família?
O
que a classe média e alta, a elite deste país, que o apoia como
opção a Dilma vai pensar? É oportunista? É vira-casaca? Afinal, é
sabido que esse pessoal odeia o programa e engoliria com amargor a
aprovação dessa lei.
Já
em campanha, o senador jantou com alguns dos principais empresários
do país. Fez um discurso em que afirmou que se fosse necessário,
não hesitaria em adotar medidas impopulares em seu governo,
defendidas pelo homem que certamente integraria sua equipe de
governo: Armínio Fraga, que diz abertamente que o salário mínimo
está muito alto.
Para
os pobres sua declaração não fede nem cheira. A maioria fecha com
Dilma, de acordo com as pesquisas.
Mas,
e para o empresariado?
É
líquido e certo que os grandes empresários do Brasil nunca ganharam
tanto dinheiro como nos governos Lula e Dilma.
Aliás,
também se sabe que eles preferem Lula por ser mais chegado a uma
conversa do que Dilma, que prefere (esse é seu estilo) decidir sem
conversar muito.
Esse
é o ponto. Os caras gostam de ser ouvidos, mas no mais, apesar de
todas as previsões catástroficas que a mídia fica o tempo todo
pregando, eles estão satisfeitos.
Mas,
e se vierem as medidas impopulares? Será bom para esses empresários?
Imagine
se as pessoas perderem poder aquisitivo devido à redução de seus
salários. Diminuem as compras, reduz-se a produção, empregados são
demitidos. O que isso significa? Recessão. Empresários fogem dessa
palavra como o diabo foge da cruz.
E
além do mais, no que esses homens importam? Está certo que eles
financiam campanhas, atrás da contra-partida futura, mas seus votos
representam quase nada.
O
homem mandou prender em Minas Gerais, numa inequívoca demonstração
de autoritarismo, um jornalista, somente por divulgar aquilo que a
grande mídia esconde: a verdade sobre Aécio.
Tentou,
através de uma ação judicial, retirar verbetes sobre ele do
Google.
A
não ser os saudosos dos tempos da ditadura e do AI-5, ninguém
tolera mais a censura e o cerceamento da liberdade de expressão.
Aécio é autoritário? Ah, é sim.
Aécio é autoritário? Ah, é sim.
E
agora o mais recente tiro no pé de Aécio:
Antes
do ínicio da Copa do Mundo, criticou o evento o quanto pôde. Disse
que os estádios não ficariam prontos, os aeroportos...e todo aquele
blá, blá, blá que já estou com preguiça de repetir. Com o início
do torneio, e este se revelando um grande sucesso, com tudo dando
certo, não é que o homem foi aos estádios assistir a alguns jogos?
Alegre e faceiro, deixou-se fotografar o quanto pôde.
Foi
então que começou a dizer que Dilma estaria fazendo uso político
do sucesso do evento.
Nesse
ponto, até que tinha razão. Nada mais natural do que, após ter
sido duramente criticada pela mídia e pela oposição, e até
xingada na abertura da Copa, que ela, numa espécie de desabafo
político, se é que podemos chamar assim, orgulhou-se pelo sucesso
de seu feito, como qualquer um de nós, e até Aécio, faria.
Pois
a seleção brasileira perdeu de goleada para a Alemanha.
Daí
Aécio passou a fazer uso político da derrota do Brasil.
Numa
clara demonstração de que deveria mudar seu nome para Aético
Neves, passou a responsabilizar Dilma pelo fracasso, como se ela
fosse a técnica ou os onze jogadores que estavam em campo naquele
fatídico dia.
Como
isso se processa nas mentes das pessoas?
Para
alguns que vão votar nele de qualquer forma, diga o que disser, nada
mudará.
Para
quem não gosta de Dilma, começa a aparecer aquele anjinho
sobrevoando suas cabeças dizendo ''olha lá, nhéin, esse cara é
problemático. Vota nele não.''
Para
quem acompanha tudo que acontece no país com mais seriedade, fica
patente que esse homem não tem o preparo para assumir o comando de
um país que acaba de se tornar a 7ª economia do mundo, que integra
com brilhantismo o Brics, que reduziu em muito a desigualdade e o
desemprego, e que se prepara para dar mais saltos em direção ao
desenvolvimento.
Para
este blogueiro, todas essas atitudes de Aécio cheiram a uma
incapacidade da direita em formar quadros notáveis que possam guiar
corações e mentes ao seu projeto neoliberal.
Não
há nomes. Nem homens.
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