sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

E o golpe deu chabú

Por Fernando Castilho

Devolve, Gilmar 
O blog, juntamente com os grandes Eduardo Guimarães e Luís Nassif, no texto de 9 de dezembro, alertava para o golpe que estava se desenhando.

Escolhido para julgar as contas de campanha da Presidenta Dilma Rousseff, Gilmar Dant... ops, Mendes, já apregoava que havia razões para impugná-las. Se isso acontecesse, o processo de impeachment poderia ser iniciado.

A Folha de São Paulo chegou a publicar que os técnicos do TSE já se manifestavam por pequenas irregularidades nas contas.

Porém, os textos de Guimarães e Nassif, ao se adiantarem à decisão de Mendes, produziram uma espécie de vacina aos malfeitos do malfeitor.

Gilmar Mendes teve que aprovar com ressalvas as contas. Não sem antes se pronunciar a respeito.

Afirmou que há sim erros técnicos, mas que estes, apesar de graves (?) não comprometiam a peça toda.

Afirmou ainda seu descontentamento com blogueiros sujos que viam nele alguém que não julgava com imparcialidade, chegando a citar, não nominalmente, Luís Nassif.

Devido a isto, o juíz não ousou desaprovar as contas. Teve medo. Foi preferível não se colocar na berlinda desta vez, pois a coisa iria estourar se o fizesse.

Os tais erros técnicos não significam dolo ao erário nem configuram corrupção. Em um dos casos foram declarados 4 milhões de reais em duas prestações de contas, o que significa que não houve ocultação de dinheiro, mas até excesso de zelo.

Embora hajam ainda outras ameaças ao governo Dilma, é certo que o perigo imediato foi afastado. Com isso, os ânimos devem esfriar, ainda mais depois de serem divulgados 35 nomes denunciados pelo Ministério Público envolvidos no escândalo da Petrobrás. Nenhum deles é político.

Há também que se julgar as contas de Aécio e de Marina. Pelo menos já sabemos que o avião utilizado por Marina Silva e Eduardo Campos, que vitimou o ex-governador pernambucano, estava totalmente irregular perante o TSE.

Bem, Dilma Rousseff segue agora, tranquilamente para a posse.

É certo que os patetas de sempre vão tentar esculhambar o evento, mas também é certo que haverá mobilização para neutralizá-los, já que são minoria.

Agora só falta o ministro devolver o processo (que já está com ele há 6 meses para vistas) que trata do fim do financiamento privado de campanhas. Já foi aprovado. Só falta ele devolver.

Devolve, Gilmar!


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