A despoluição do Rio Tietê
O
Tietê, com seus 1.150 km de extensão, é o maior rio do estado de
São Paulo. Mas, na região metropolitana, é um dos mais poluídos e
está completamente morto. O que causou tanto estrago foi a expansão
desordenada da cidade e o consequente despejo de esgotos residenciais
e industriais diretamente no rio.
Segundo
a Sabesp, o Projeto Tietê teve início em 1992, com a assinatura de
um contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID). De lá para cá, foram muitos outros contratos
de empréstimo, e nada resolvido.
Durante
a primeira etapa do programa, que se estendeu até 2000, foram
construídos três estações de tratamento de água (que se somaram
às duas já existentes), além de tubulações para a coleta e o
transporte de dejetos.
Atualmente
a Sabesp executa a terceira etapa do Projeto Tietê com obras
destinadas a elevar os índices de cobertura com coleta e tratamento
dos esgotos. A meta é passar dos atuais 84% na coleta para 87%, e o
tratamento de 70% para 84%. Leia mais aqui
Os
projetos de despoluição e desassoreamento do rio Tietê não terão
resultados satisfatórios e definitivos se as principais causas da
deterioração de suas águas, no passado e no presente, não forem
combatidas. O primeiro fator é a falta de saneamento básico
universalizado, e o outro o assoreamento, ambos causados pela “ação
humana”, adverte o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos,
ex-diretor do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de
São Paulo e autor de vários livros sobre o tema. matéria completa aqui
“A
qualidade das águas responde diretamente à qualidade do sistema de
saneamento básico, competência da Sabesp com irresponsabilidades do
DAEE”, diz.
“O
que falta são políticas públicas bem direcionadas, estratégia bem
montada. Não com o objetivo primeiro de despoluir o Tietê, mas de
dotar a região metropolitana de um sistema de saneamento básico de
primeiro mundo”, analisa. “Não acredito que uma mágica vá nos
dar um rio despoluído antes de dotarmos a Região Metropolitana de
um sistema de saneamento de primeiro mundo.”
“Uma
cidade isoladamente não consegue resolver o problema, tem de ser uma
articulação metropolitana”, diz Álvaro Rodrigues dos Santos.
Para ele, as divergências entre tantas cidades com orientações e
projetos políticos diferentes dificultam, mas cabe ao governador
Geraldo Alckmin (PSDB) resolvê-las. “Aí é que tem que valer a
vontade política do governador. Se ele está com essa vontade
política de resolver o problema do saneamento básico, como
governador deve reunir os prefeitos envolvidos, dar um tapa na mesa e
colocar para funcionar. E jogar isso para a sociedade dar
sustentação. Isso é vontade política.”
Até
2015, o investimento chegará a US$ 3,6 bilhões, nas chamadas
primeira (1992-1998), segunda (2000-2008) e terceira fases.
O
fato é que o projeto já se estende por 22 anos sem solução.
Falta
vontade política ao governador?
Na
opinião deste blogueiro, falta a Alckmin vontade de governar, sempre
faltou. Mas é lógico que uma obra que se estenda por tanto tempo, e
que já consumiu tanto dinheiro, ainda pode consumir muito mais. E
isso pode ser particularmente interessante às empreiteiras que
executam o serviço, e que podem alimentar campanhas políticas
indefinidamente.
E
é você, paulista que sofre as consequências.
O
rodoanel
O
Rodoanel Mário Covas (SP-21), é uma autoestrada de aproximadamente
180 quilômetros, duas pistas e seis faixas de rodagem que está
sendo construída em torno do centro da Região Metropolitana de São
Paulo, com a finalidade de aliviar o intenso tráfego de caminhões
oriundos do interior do estado e das diversas regiões do país e que
hoje cruzam as duas vias urbanas marginais da cidade (Pinheiros e
Tietê) teve início em 1998 na gestão Mário Covas. Logicamente,
também esta não é obra de Alckmin.
Lembrem-se, ele governa sem
obras.
Lá
se vão 16 anos de obras.
Os
cidadãos estão recebendo um novo equipamento urbano a um custo
declarado de R$ 8 bilhões, mas que ao que parece, ultrapassará os
10 bilhões até o final, e que representa um corte profundo no
tecido vivo da grande cidade. Mas não têm tido condições de se
pronunciar conscientemente se desejam esse tipo de bens e serviços,
se estão de acordo com os danos que isto causará e, sobretudo, se
estão dispostos a pagar o preço que tal empreendimento acarretará.
Falta transparência nas informações que vêm a público.
Forma
duvidosa de democracia, esta.
E
os problemas ambientais são inúmeros.
O
trecho norte do Rodoanel com 44 km de extensão liga as rodovias
Ayrton Senna, Dutra, Fernão Dias e Bandeirantes. A via passa pelos
municípios de São Paulo, Guarulhos e Arujá e margeia o Parque
Estadual da Serra da Cantareira.
A serra é considerada a maior floresta em área urbana do mundo e foi tombada pelo Condephaat, Conpresp e Iphan, órgãos de preservação estadual, municipal e nacional, respectivamente. Área de proteção, a Cantareira reúne diversas espécies da mata atlântica e possui dezenas de nascentes, além de abrigar o principal sistema de abastecimento de água da capital.
As mais de 50 entidades ambientalistas que criticam a obra dizem que o trecho norte altera a paisagem da região e provocará impacto sobre o ecossistema. Treze parques situados às margens da Serra da Cantareira também são diretamente atingidos pela obra.
Os moradores e ambientalistas afirmam que o Eia-Rima foi feito a “toque de caixa”, sem uma análise cuidadosa da área impactada, e não analisou outras possibilidades de traçado.
Recursos
do Governo Federal (PAC) e do Estado de São Paulo estão financiando
o empreendimento.
Porém,
denúncias de superfaturamento na construção do trecho sul do
Rodoanel apontam prejuízo de R$ 184,4 milhões aos cofres públicos.
Segundo relatório de técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União),
a obra teve a compra de itens com valor, em média, 30% acima dos
preços usados como referência no orçamento.
O Estado nega as denúncias.
O Estado nega as denúncias.
A auditoria, realizada entre maio e julho de 2008, também aponta alterações no projeto básico. Para reduzir os custos, ainda segundo o TCU, as empresas contratadas alteraram métodos construtivos com redução no número de vigas usadas em pontes, substituição de estacas metálicas por pré-moldadas e troca de areia por brita em muros de contenção, por exemplo.
Assim, usaram menos material na construção, mas receberam o mesmo dinheiro, segundo o documento. Mais aqui
A
título de comparação, incluímos aqui uma tabela com dados
interessantes.
Obra
|
Prazo
|
Extensão
|
Custo
em bilhões R$
|
Rodoanel
|
17
a 18 anos
|
180
km
|
8 a
10
|
Despoluição
do Tietê
|
33
anos
|
250
km
|
Até
agora 3,6
|
Transposição
do Rio São Francisco
|
8
anos
|
700
km
|
8,5
|
Por si só a tabela mostra de forma inequívoca a diferença entre as gestões estadual e federal
Bem, com
este post encerramos a série ''Alckmin, pede pra sair!''
Creio
que ficou demonstrado ao longo de pesquisa sobre 8 temas de vital
importância para a população do Estado de São Paulo, que temos um
governador inoperante há 15 anos no poder, e que pretende ficar mais
4 anos.
Nesse
período, o povo de São Paulo acostumou-se à maneira peculiar de
governar de Alckmin, não realizando novos projetos, deixando as
coisas como estão, não se preocupando com o futuro de uma população
que só cresce dia a dia, sendo omisso naquilo que mais atinge a
população de renda mais baixa.
É
preciso mudar, mostrar que há outro jeito de tratar as grandes
questões dos paulistas, com seriedade, ideias novas, ousadia, e,
principalmente, honestidade.
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