Mídia,
''Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Falou, tá falado
Não tem discussão
A minha gente hoje anda
Falando de lado
E olhando pro chão, viu
Você que inventou esse estado
E inventou de inventar
Toda
a escuridão...'' (trecho de Apesar de Você, de Chico Buarque)
Não pensem que o partido que comanda a direita no Brasil é o PSDB. Também não é o PMDB, embora possua maior número de cadeiras no Congresso.
O
partido com mais poder no Brasil não é nenhum desses. Ele não tem
sigla, não tem presidente nem número.
Nele
não se vota, antidemocrático que é. E por não ser democrático,
ajudou há mais de 50 anos atrás a derrubar a democracia do Brasil.
E ainda hoje estimula golpes de estado , haja vista a pregação de
colunistas a favor do impeachment da presidenta Dilma.
Dispõe
de tempo ilimitado na TV, fora do horário político. Às vezes nem
percebemos que está fazendo propaganda, pois utiliza-se largamente
de mensagens subliminares.
Não
tem plataforma política, projeto ou programa para o Brasil. Tem para
si próprio, mas não os revela. Nem poderia, pois são contrários
aos interesses da grande maioria da população.
Não
aparece nas pesquisas eleitorais, uma vez que seu nome nunca nelas é
incluído, partido clandestino que é.
É
pródigo e pragmático em fazer alianças com partidos legalizados
que fazem o jogo da direita, sua orientação política por
excelência. Utiliza-se de PSDB e PMDB como instrumentos para atingir
seus objetivos inconfessáveis. Como em qualquer aliança desse tipo,
em caso de vitória de sua ''coligação'', cobrará mais tarde a
fatura.
Recentemente
fez campanha para que o deputado Eduardo Cunha (PMDB) vencesse a
eleição para a presidência da Câmara, ele que é o lobista a
favor da grande mídia, mais influente no Congresso.
Mas,
se vitorioso, esse partido jamais fará parte oficialmente do
Governo, uma vez que prefere ficar nos bastidores dando a devida
cobertura aos seus títeres, encobrindo deslizes e fraudes e
enaltecendo medidas inócuas ou de caráter duvidoso como sendo as
mais importantes para o país. Já fez isso antes e quer fazer de
novo.
Não
hesita em vender à população a ideia de uma Petrobrás falida,
pois é sua intenção desvalorizar a Companhia para que seja vendida
mais tarde a preços módicos para os americanos, que babam pelo
Pré-Sal.
Não
hesita também em injetar na mente das pessoas o ódio ao PT e a
outros partidos de esquerda, obstáculos para atingir seu intento.
Por
ser clandestino, esse partido é dissimulado. Não revela suas reais
intenções. Não assume publicamente sua orientação. Pelo
contrário, diz-se neutro, de centro, democrático.
Não
titubeia em distorcer fatos, mentir, destruir reputações, criar
escândalos, acusações sem provas nem fontes, enfim, tudo que
estiver ao seu alcance para atingir seus objetivos. Para isso
utiliza-se de um número fabuloso de panfletos, alguns vendidos
diariamente, outros semanalmente. Alguns vendidos também na TV e na
internet.
Nesses
panfletos, conhecidos como revistas e jornais, militantes pagos,
conhecidos como jornalistas e colunistas, figuras bem conhecidas do
público, de fala empostada e eloquente, invariavelmente aparecem
como figuras indignadas com o ''descaso'' ou a corrupção'' dos
adversários. Somente dos adversários.
Pois
é, a grande mídia brasileira é um partido clandestino. Também
chamado de PIG, Partido da Imprensa Golpista.
Já
dizia Joseph Pulitzer, ''Com o tempo, uma imprensa cínica,
mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil
como ela mesma''
Segundo
Altamiro Borges do Blog do Miro, “A mídia é um duplo poder:
econômico e político, o único que tem liberdade é o dono. Ainda
tem os interesses ideológicos e a consequente manipulação da
informação. O que não interessa é omitido e o que interessa é
realçado. Atualmente, 30 impérios comandam a comunicação no
mundo. No Brasil, está na mão de apenas sete famílias: Marinho
(Globo), Abravanel (SBT), Saad (Band), Macedo (Record), Frias
(Folha), Mesquita (Estadão) e Civita (grupo Abril).”
Está
claro que o Brasil precisa de uma Lei de Democratização dos Meios
de Comunicação.
Trata-se
de uma lei que existe nos Estados Unidos desde 1934. Ela exclui a
possibilidade de um detentor de Concessão Pública de TV, como a
Globo, por exemplo, possuir jornais e revistas. Lá ela não poderia.
Essa
lei também existe em quase todos os países avançados
democraticamente. Recentemente foi aprovada na Argentina e na
Inglaterra.
Nelson
Breve presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), diz: “Há
uma grande contradição entre o que é serviço público e o que é
atividade econômica. O problema é que o poder público transfere um
serviço público para ser atividade econômica e muitas empresas
privadas não cumprem esse dever público de princípios e deveres. É
o poder público que tem o poder de regulamentação, o poder privado
é apenas uma atividade complementar. Isso está no artigo 220 da
Constituição.''
O
jornalista Laurindo Leal Filho, professor da Escola de Comunicações
e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) lembrou que ''na
década de 50 existia no Rio de Janeiro, por exemplo, dezoito jornais
diários. O mesmo ocorria em São Paulo e em várias capitais. Hoje,
existem três ou quatro veículos replicados por todo Brasil (Globo,
Folha e Estadão, com algumas presenças regionais em nível de maior
representação).''
A
Democratização de Meios daria possibilidade de surgimento de um
número maior de jornais, que poderiam equilibrar forças com os
jornalões.
As
Concessões de Rádio e Televisão têm que ser revistas,
principalmente no sentido de se exigir que em sua grade haja maior
número de produções educativas e nacionais. Além disso, há a
necessidade da divulgação do contraditório a quaisquer comentários
de cunho econômico, social ou político.
Mas
qual é o perfil de quem lê os principais jornais escritos todos os
dias?
Uma
parte, a maior, acredita em tudo aquilo que está publicado. No dia
seguinte repete tudo como se fora papagaio, seja no trabalho, em roda
de amigos ou nas redes sociais.
Outra
parte, nessa me incluo, lê para ter um indicativo, uma fonte a mais,
mas nunca a definitiva. São pessoas que buscam informações sobre
os assuntos publicados, em outras fontes. Só após isso, definem uma
opinião. E como há fontes a pesquisar, não?
Venício
A. de Lima, professor, aposentado como titular de Ciência Política
e Comunicação da UnB defende que durante o processo de discussão
ampla para elaboração de um Projeto de Lei de Democratização de
Meios de Comunicação, seja consultado um grande leque de
representantes da sociedade civil, inclusive os próprios meios de
comunicação, para que sejam atendidos, democraticamente os anseios
da população nessa área.
Estamos
acompanhando no momento a desvalorização do profissional jornalista
que se sujeita a salários cada vez menores e é obrigado a assinar
um contrato como Pessoa Jurídica, abrindo mão de direitos
trabalhistas.
Enquanto
isso, jornalistas recém-formados e estagiários dispostos a lamber
as botas do patrão para fazer carreira rapidamente, vão preenchendo
as vagas de jornalistas mais tarimbados. É por isso, que lemos e
vemos diariamente repórteres e colunistas sem nenhum compromisso com
o cidadão, deitando o verbo em qualquer coisa que o governo faça ou
desfaça, ou mesmo não faça.
Com
isso, mesmo que a tiragem dos jornais e a audiência dos telejornais
despenquem, como vem acontecendo, os magnatas da mídia mantém seus
altos lucros.
A
internet com suas redes sociais publicando e compartilhando os mais
variados assuntos em tempo quase real, mesmo que tenham fontes
duvidosas e não confiáveis (exatamente como na grande mídia),
conquistam dia a dia público cada vez maior. Além disso, os blogs,
principalmente os de política, com seus autores antenados e
perspicazes, são outra grande ameaça à imprensa.
No
ano passado tivemos um exemplo de como a grande mídia ficou
revoltada, espumando de ódio por Lula preferir conceder entrevista a
blogueiros e não a ela. Desprestígio.
Não
está muito longe o dia em que a grande mídia deixará de ter a
mesma força que tem hoje.
De
qualquer forma, não parece estar preocupada com isso, já que está
prometido por FHC, desde que o PSDB perdeu as eleições para Lula em
2002, uma generosa ajuda do BNDS se os tucanos um dia voltarem ao
poder...
PIG PRBS PG PA partem repartem e tem sempre a melhor parte e quem fica com a pior parte é bobo. Marionetes da indústria da bobagem e do FEBEAPA - FEstival BEsteiras Assolam PAís e CRAQUES DO Partido Imprensa Golpista NEM PENSAR. Desliga TV e fabrique suas próprias mentiras.
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