Quem subirá a rampa em 2018? |
Logicamente, todos os cenários possíveis vão depender de vários fatores, como o bom ou mau desempenho da economia, do cumprimento ou não dos compromissos de campanha, da Reforma Política, etc., etc..
Porém já é possível, embora muito cedo, se falar em nomes. Somente nomes, dentro do atual cenário.
Primeiramente,
no seio petista, já se declara como postulante, Lula, o nome mais
forte de todos os que possam se candidatar, em qualquer partido.
Embora
o ''sapo barbudo'' fale em voltar, todos sabemos que não é esse
exatamente seu desejo. Isso ele já revelou. Viria como quem diz ''se
não tem eu, que seja eu mesmo''.
Embora
tenha demonstrado muito pique durante a campanha pela reeleição de
Dilma, Lula estará com 73 anos em 2018, com o agravante de ter
escapado há pouco tempo de um câncer que o debilitou muito. Talvez
o melhor para ele seria não disputar as eleições.
Fernando
Haddad, por ser o prefeito da mais importante cidade da América
Latina, deveria ser um nome natural. Porém, a mídia, sempre ela,
não lhe deu nem a oportunidade, como ele próprio já disse, de uma
lua-de-mel.
A
oposição a ele começou já em 2 de janeiro de 2013. Amputaram-lhe
um braço, depois outro e mais ainda, uma perna. Mas, como todo
deficiente, ele vem superando suas dificuldades, com muito esforço e
criatividade. Resta saber se os dois anos que lhe restam à frente da
Prefeitura lhe bastarão para virar o jogo e receber boa aprovação.
Vai depender disso para se reeleger e construir o caminho para 2018.
Outro
nome petista é o ex-governador baiano Jaques Wagner, que acaba de
sair fortalecido por ter conseguido eleger seu sucessor Miguel
Rossetto em primeiro turno. Aliás, é a terceira vez que Wagner
derrota o carlismo em primeiro turno na Bahia. Bom administrador, o
político baiano poderia vir a ser um bom nome, desde que lhe seja
dada uma função em que ele não fique esquecido. Não seria um
poste.
Dentro
da oposição, é claro que não podemos esquecer Aécio Neves que,
embora derrotado, tem cacife eleitoral para a disputa daqui há 4
anos. O problema é que sobre ele há o peso de sua má reputação,
fato que será destrinchado e explorado bastante.
O
aeroporto na fazenda de seu tio-avô, construído com dinheiro
público, que, esperamos, deverá ser objeto de ação judicial, o
nepotismo no governo de Minas, o desvio de dinheiro da saúde quando
foi governador, y otras cositas más, deverão fazer um estrago em
suas pretensões.
Além
disso, ao reassumir o Senado, Aécio já demonstrou que não está a
fim de bater ponto na casa. Até agora só compareceu na quarta-feira
de sua reaparição pública.
Ah,
tem Serra. O eterno candidato a presidente pelo PSDB, pode ter sua
chance de sair novamente como postulante em 2018. Elegeu-se bem ao
Senado, deverá tentar atrair holofotes para si, e contará com o
sempre esperado apoio da mídia por ser seu candidato preferido.
Porém, o que pesa sobre Serra, além das acusações de envolvimento
no cartel do metrô, é a idade. O tucano terá 76 anos em 2018.
Teria que ter acontecido em 2014, não aconteceu...Pode ser que
simplesmente desista, ainda mais se seu adversário for Lula.
Resta
ao PSDB somente Geraldo Alckmin. Este, em que pese a crise hídrica
de São Paulo, a crise na educação (vide USP), a crise na saúde, a
crise na violência, a crise no metrô, etc., reelegeu-se em primeiro
turno e, teoricamente está cacifado para 2018.
Teoricamente
porque as pessoas que o elegeram viram nele o último bastião do
PSDB que poderia cair em São Paulo, vindo a dar fim à uma dinastia
de 20 anos. O antipetismo falou mais alto.
Ao
mesmo tempo, sua aprovação está caindo a olhos vistos (não há
nenhuma pesquisa nesse sentido), uma vez que quem sofre com a falta
de água, embora a mídia insista em blindar, deve estar agora se
lamentando pelo voto perdido. Deve-se lembrar também que Alckmin
negou até o fim o racionamento em São Paulo, fato que certamente
lhe dará numa campanha presidencial a alcunha de ''mentiroso''.
Agora
o governador busca apoio do governo federal para tentar resolver a
crise da água.
Para
isso, o tom em relação a Dilma mudou. Está bem ameno. Foi o
primeiro a condenar o pedido de impeachment da presidenta. Preferiu
ir na contra-mão do que Aécio propôs ao afirmar que o PSDB se
negará ao diálogo oferecido por Dilma.
O
homem percebeu um bom nicho a explorar em seu caminho para 2018.
Buscará ser o candidato que não xinga o adversário de leviano e
mentiroso. Evitará cometer o erro de Aécio ao tentar se apresentar
como um FHC repaginado. Aliás, esquecerá o ex-presidente.
Alckmin,
embora necessite do apoio do PSDB, não fará o jogo do partido.
Deverá até buscar rapidamente o apoio da esquecida, porém não
morta Marina Silva, detentora afinal, de 21 milhões de votos no
primeiro turno. Esta não deverá ter a ousadia de se candidatar
novamente.
Geraldo
Alckmin tem o apelido de picolé de chuchu, mas não o menosprezemos,
o homem é esperto.
Até
2018 muita coisa poderá mudar, inclusive morte de algum postulante
(não aconteceu com Eduardo Campos, de maneira inesperada?), porém
as peças já estão no tabuleiro e Alckmin já está fazendo o
primeiro lance e, poderá ser o grande nome do PSDB para 2018.
Não
tenham dúvidas que a briga dentro do PSDB será encarniçada em
2018.
Será
mais uma decepção para Aécio?
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