O
senador Aécio Neves, candidato à presidência do Brasil pelo PSDB
governou Minas Gerais por dois mandatos. Uma das suas marcas
conhecidas por lá foi o chamado choque de gestão, que deixou a
população chocada principalmente com o desvio de 4,3 bilhões de
reais da área da saúde, o que lhe vale atualmente um processo no
TJMG, além do não cumprimento do piso constitucional do
financiamento do sistema público de saúde no período de 2003 a
2008.
O
senador mineiro também contratou 98 mil servidores sem concurso, Por
unanimidade o STF julgou inconstitucional a contratação, o que
causará prejuízo a cerca de dois terços dos contratados que terão
que deixar seus postos de trabalho.
Outra
marca de Aécio Neves é a mão de ferro com que conduziu os
trabalhos da imprensa no Estado. São relatados muitos casos de
perseguição a jornalistas que ousaram criticá-lo ou à sua gestão.
Mas
a característica da personalidade do senador que primeiro vem à
mente de qualquer pessoa é certamente a fama de boêmio nas baladas
cariocas regadas a muito álcool e cocaína. Aécio, enquanto não
tinha a pretensão imediata de se candidatar a presidente, nunca
escondeu esse seu lado. Há inúmeras fotos atestando estado de alta
dosagem.
Até foi pego em blitz da polícia, visivelmente drogado,
recusando-se a passar pelo exame do bafômetro, tendo sua carteira de
motorista apreendida. Mais recentemente deu uma entrevista na rua ao
Estadão, gravada em vídeo, em que balança, balança, mas não cai.
Até
então, a imagem que tínhamos do candidato era de ser apenas um
usuário (o que já seria grave para um presidente), mas alguns fatos
começaram a acontecer, que podem aumentar essa dimensão.
Cenário
1: Em 2011, o primo de primeiro grau do senador tucano, filho do
tio-avô, Múcio Guimarães Tolentino, foi preso, junto
com um desembargador nomeado pelo próprio Aécio, por vender
liminares para tirar traficantes de droga da prisão.
Leia a matéria aqui
Cenário
2: A Polícia, em 2013, identificou e fechou um laboratório de
refino de cocaína na cidade de Cláudio. O local foi desarticulado
após uma denúncia anônima e foram encontradas cocaína e maconha.
Ninguém foi preso e não se falou mais no assunto.
Cenário
3: Em novembro de 2013, um helicóptero de propriedade da família do
senador Zezé Perrela, amigo pessoal de Aécio Neves, carregado com
443 kg de pasta de coca fez uma parada para abastecimento em
Sabarazinho, distante apenas 14 km da fazenda de Tancredo Tolentino,
sendo apreendido mais tarde no município de Afonso Cláudio no
Espírito Santo. O piloto foi preso, mas o senador e seu filho foram
inocentados, e o caso abafado pela mídia.
Pasta de coca apreendida do helicóptero |
Cenário
4: O município de Cláudio em Minas Gerais conta com uma população
de 26 mil habitantes. Nunca estive lá, mas provavelmente não deve
fugir às características de uma pequena cidade do interior, com uma
igreja matriz, uma pracinha, talvez com coreto, gente pacata, etc..
Cláudio
alcançou fama neste inverno de 2014 principalmente devido à reforma de uma pista de pouso localizada na fazenda do tio-avô de Aécio
Neves quando este era governador do Estado.
A
reforma custou aos cofres públicos quase 14 milhões de reais, muito
acima do razoável para este tipo de obra.
Lá,
tecnicamente, só podem pousar e decolar aviões de pequeno porte,
movidos a hélice, porém, legalmente nenhuma aeronave pode se
utilizar da pista, uma vez que não foi homologada pela Anac.
Aécio
alegou que o aeroporto de Cláudio, bem como o de Montezuma que está
localizado na fazenda de outro parente por parte de mãe, foi
reformado para facilitar o escoamento da produção das muitas
indústrias instaladas no município. Mentira, pois a cidade não é
industrial, além do que, se ali pousassem aviões de carga, a
estrutura teria que ser muito maior.
O
tucano utilizou-se da pista nas várias vezes que esteve em Cláudio,
pois possui uma fazenda distante a apenas 6 km dali. Quando pousa,
seu tio-avô, Tancredo Tolentino prontamente lhe abre o portão, uma
vez que detém a chave.
Interessante tam´bem é o silêncio da população de Cláudio quando se toca nesse assunto. Os mineiros sabiamente tem razões para se manterem discretos sobre o assunto.
Cenário
5: Um incêndio atingiu um galpão da prefeitura de Cláudio,
interior de Minas Gerais, na segunda-feira 12. Segundo a prefeitura,
o fogo começou em um lote vago ao lado de um galpão onde se
encontram veículos da prefeitura. Segundo ela, nenhuma documentação
do município sofreu qualquer tipo de dano já que a sala de arquivo
faz parte do prédio da administração, a uma distância
considerável do local onde o fogo atingiu. Será?
Se
os arquivos e documentos foram preservados, é imprescindível que se
investigue urgentemente, pois lá poderão estar registrados dados de
pousos e decolagens de várias aeronaves, inclusive a de Aécio.
Podemos
estar diante de vários fios soltos sem conexão alguma, ou se
seguirmos cada fio solto, iremos dar em um nó bastante
significativo?
Certamente a explosão de uma bomba como esta faria uma devastação enorme no ninho tucano, até aqui colocado dentro de uma redoma de vidro blindado pela mídia.
Cabe
à Polícia Federal e ao Ministério Público investigar aonde vão
dar todos esses fios.
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