E
Eduardo Campos foi entrevistado pelo JN na série de entrevistas de
15 minutos com os presidenciáveis.
Como
lembrou Fernando Brito no Tijolaço: ''O tom da entrevista, como foi ontem com Aécio e muito mais será
amanhã com Dilma Rousseff, é o de “mostrar quem manda aqui”.
E,
claro, quem manda é a Globo.
Nenhuma
polidez, sequer.''
E
que ninguém diga que a Globo está soft. Não está não, pelo menos não é o que se esperava da emissora ao entrevistar seus prezados candidatos da oposição. Porém, o
chumbo mais grosso deve estar reservado para Dilma, a próxima
entrevistada.
A
dupla William Bonner e Patrícia Poeta pegaram firme na questão do nepotismo, já
que a própria mãe e dois parentes de Campos foram, com seu empenho
pessoal, foram nomeados para julgar gastos públicos. O ex-governador no
início tentou justificar o injustificável, mas Poeta não deixou
barato, e ao insistir perguntando se Eduardo não via conflito nas
nomeações, arrancou dele um ''não'', que seguramente será
utilizado contra ele durante a campanha.
Bonner
perguntou sobre as posições antagônicas de Marina Silva com
relação à aprovação do Código Florestal. Após Campos negar,
Bonner insistiu, já que ela foi voto vencido dentro do partido. disse ainda que Marina não tem nada contra agronegócio, indústria ou desenvolvimento econômico. Eduardo vai ter que dar explicações à Marina, e nem quero estar
perto quando isso acontecer...
No
mais, embora Eduardo Campos apresente uma fala mais macia, mais calma, mais sem gaguejos que Aécio Neves, demonstrou não ter qualquer conhecimento dos
problemas do país, e pior, não tem propostas ou projetos, assim
como o senador mineiro.
Esta
deve ser a oposição mais fraca em muitas eleições!
Bem,
na opinião do pequeno blogueiro, se o JN levou Aécio às cordas,
Eduardo Campos foi nocauteado. E com ele Marina Silva. Vai jogar a
toalha? Não, com certeza. Vai disputar as eleições, obtendo
votação inexpressiva.
O
primeiro erro talvez tenha sido não dar o devido valor à Marina. Dona de
19 milhões de votos (cerca de 19% dos votos válidos) em 2010,
embora certamente hoje não tenha esse contingente, é certo que ela
se tornou mais conhecida no país do que ele. Talvez ela é que
devesse ter sido a cabeça de chapa do partido.
Outro
erro é insistir em bater em Dilma Rousseff, a franca favorita nas
pesquisas, poupando Aécio Neves, queimando a oportunidade de
pleitear algum cargo em seu governo, já que não a apoiou. Esperto
seria se não batesse nos dois. Irá para o ostracismo, a menos que
Dilma precise dele para vencer.
E
os sonháticos no 2° turno?
Na
opinião do blog, Marina liberará a Rede como fez em 2010. Mas isso
não influirá em nada. Uma parte vai pro Aécio, outra pra Dilma e o
resto vota nulo ou nem volta, ficando elas por elas.
Agora
as atenções se voltam para a entrevista de Dilma.
Para
o blog haverá duas questões sobre factóides: os casos da Wikipedia
e da CPI da Petrobrás, que a petista deve tirar de letra pois tem
respostas para isso.
Outra
questão certamente vai dizer respeito ao chamado tarifaço previsto
para depois das eleições, já que foi formulada aos dois candidatos
anteriores.
Qualquer
outra questão será bola levantada para ela, pois desde a sabatina
do Uol/Folha, já se sabe o que jornalistas costumam perguntar, Mais
Médicos, desemprego, inflação, etc.. Ela saberá cortar.
Embora
não aposte nisso, há o risco de uma surpresa. Uma armadilha. Um golpe. Uma
pergunta sobre algum novo factóide que nem ainda foi noticiado.
Afinal, trata-se da poderosa Rede Globo.
E desde a edição daquele
debate entre Collor e Lula, todos sabemos do que a Vênus Platinada é capaz.
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