Lucro
do Bradesco sobe 28%, lucro da Vale quadruplica, Itaú/Unibanco tem
lucro de 4,9 bilhões...
Embora
se saiba que essas entre outras maiores empresas do Brasil sempre
lucraram, e muito, é incomum, neste momento em que a política
econômica do governo Dilma Rousseff é duramente atacada tanto pela
mídia, quanto pela oposição e...pasmem, pelos maiores empresários
do país, que elas divulguem tanta lucratividade do primeiro
trimestre de 2014.
A
não ser por duas (não conheço mais nenhuma) exceções no meio
empresarial, Luíza Trajano, dona dos Magazines Luíza e Abílio
Diniz, presidente
do Conselho de Administração da BRF, que expressam seu apoio à
política econômica de Dilma Rousseff, o meio empresarial parece
estar insatisfeito e fechado com Aécio Neves.
O
Santander chegou até a enviar aquele extrato aos seus clientes de
renda alta, recomendando que não votem na presidenta, tão
descontente ele está com sua lucratividade de 5%.
Mas
o que alegam os empresários, já que lucram como nunca?
Dizem
que estão descontentes com o estilo de governar de Dilma. Dizem que
ela é muito centralizadora, que não chama os empresários para
conversar ou consultar, etc. e tal. Em parte, é
verdade. É seu estilo. Tem mais gente que reclama disso. É o tal de intervencionismo.
Mas até onde eu sei, os empresários do Brasil, capitalistas selvagens que são, se preocupam é com seu lucro imediato, não com formas de governar. Não se preocupam se a situação do país melhorou ou não. Estão pouco se lixando se país subiu no IDH (índice de desenvolvimento humano) Garantido o seu, já tá muito bom. E eles garantiram o seu durante 12 anos.
E
olha que o país está melhor para todos. Inflação baixa, sob
controle, (embora os jornalistas que cobrem economia vivam pregando o
apocalípse), índice de desemprego muito baixo, grandes empresas
investindo no país, etc..
Além
de todo esse pacote, favorável à economia, há que se destacar a
inclusão no mercado consumidor, a que tiveram acesso cerca de 30
milhões de famílias que, beneficiadas pelo Bolsa Família, passaram
a ter algum poder de compra.
Com
o programa Luz para Todos, milhões de famílias agora tem a
possibilidade de utilizar aparelhos elétricos eletrônicos, que
nunca tiveram antes, pelo simples fato de não dispor de energia
elétrica em suas casas.
Outros
programas vem garantindo a ascensão de mais e mais brasileiros ao
consumo.
Mas
a opção do empresariado por Aécio, de onde vem?
Aécio
prometeu, em um jantar aos empresários, que não hesitaria em adotar
medidas impopulares. Em seguida, Armínio Fraga, possível futuro
ministro em seu governo, afirmou que o salário mínimo está alto
demais.
Ora,
se o salário mínimo abaixa, como as famílias vão continuar a
comprar com o rítmo de hoje?
Outra
medida impopular pode ser o controle ferrenho da inflação, que para
esse pessoal da oposição se traduz em aumentar o desemprego,
reduzir os programas sociais, enxugar a maquina estatal, e por aí
vai.
Não
tenhamos dúvidas, ao serem implementadas essas medidas, o Brasil
seguramente entrará em uma recessão.
Mas,
recessão é algo bom para esses empresários?
De
maneira alguma.
Eles
precisam de lucro e rápido. É só o que enxergam na frente.
E
lucro gordo e rápido veio com os governos Lula e Dilma.
Uol/Folha |
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