domingo, 10 de agosto de 2014

Já não cabe mais dinheiro no cofre

Por Fernando Castilho


Lucro do Bradesco sobe 28%, lucro da Vale quadruplica, Itaú/Unibanco tem lucro de 4,9 bilhões...

Embora se saiba que essas entre outras maiores empresas do Brasil sempre lucraram, e muito, é incomum, neste momento em que a política econômica do governo Dilma Rousseff é duramente atacada tanto pela mídia, quanto pela oposição e...pasmem, pelos maiores empresários do país, que elas divulguem tanta lucratividade do primeiro trimestre de 2014.

A não ser por duas (não conheço mais nenhuma) exceções no meio empresarial, Luíza Trajano, dona dos Magazines Luíza e Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração da BRF, que expressam seu apoio à política econômica de Dilma Rousseff, o meio empresarial parece estar insatisfeito e fechado com Aécio Neves.


O Santander chegou até a enviar aquele extrato aos seus clientes de renda alta, recomendando que não votem na presidenta, tão descontente ele está com sua lucratividade de 5%.

Mas o que alegam os empresários, já que lucram como nunca?
Dizem que estão descontentes com o estilo de governar de Dilma. Dizem que ela é muito centralizadora, que não chama os empresários para conversar ou consultar, etc. e tal. Em parte, é verdade. É seu estilo. Tem mais gente que reclama disso. É o tal de intervencionismo.

Mas até onde eu sei, os empresários do Brasil, capitalistas selvagens que são, se preocupam é com seu lucro imediato, não com formas de governar. Não se preocupam se a situação do país melhorou ou não. Estão pouco se lixando se país subiu no IDH (índice de desenvolvimento humano) Garantido o seu, já tá muito bom. E eles garantiram o seu durante 12 anos.

E olha que o país está melhor para todos. Inflação baixa, sob controle, (embora os jornalistas que cobrem economia vivam pregando o apocalípse), índice de desemprego muito baixo, grandes empresas investindo no país, etc..

Além de todo esse pacote, favorável à economia, há que se destacar a inclusão no mercado consumidor, a que tiveram acesso cerca de 30 milhões de famílias que, beneficiadas pelo Bolsa Família, passaram a ter algum poder de compra.

Com o programa Luz para Todos, milhões de famílias agora tem a possibilidade de utilizar aparelhos elétricos eletrônicos, que nunca tiveram antes, pelo simples fato de não dispor de energia elétrica em suas casas.

Outros programas vem garantindo a ascensão de mais e mais brasileiros ao consumo.
Mas a opção do empresariado por Aécio, de onde vem?

Aécio prometeu, em um jantar aos empresários, que não hesitaria em adotar medidas impopulares. Em seguida, Armínio Fraga, possível futuro ministro em seu governo, afirmou que o salário mínimo está alto demais.

Ora, se o salário mínimo abaixa, como as famílias vão continuar a comprar com o rítmo de hoje?


Outra medida impopular pode ser o controle ferrenho da inflação, que para esse pessoal da oposição se traduz em aumentar o desemprego, reduzir os programas sociais, enxugar a maquina estatal, e por aí vai.

Não tenhamos dúvidas, ao serem implementadas essas medidas, o Brasil seguramente entrará em uma recessão.

Mas, recessão é algo bom para esses empresários?
De maneira alguma.
Eles precisam de lucro e rápido. É só o que enxergam na frente.


E lucro gordo e rápido veio com os governos Lula e Dilma.

Uol/Folha

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