Pesquisa Ibope acaba de
sair do forno.
Dilma Rousseff subiu 3
pontos em relação à pesquisa de abril, indo para 40%, o que lhe dá
vitória no 1° turno.
Mas pera lá! Aécio e
Campos também subiram! Aécio, de 14 para 20% e Campos, de 6 para
11.
Os números são
parecidos com os da Datafolha de abril, com a diferença da subida
mais expressiva de Aécio, de 16% para 20%.
Logo após a pesquisa
Datafolha, publiquei neste blog um comentário indagando no título:
Eduardo Campos jogará a toalha? Leia aqui.
Imaginei na época que, dada a queda
de Dilma e o avanço de Aécio, não haveria muito espaço para o
peessebista. E ainda acho.
Vejam, que após quase
um mês entre uma pesquisa e outra, Campos, apesar de abandonar a
política de boa vizinhança com Aécio, partindo para a briga (ma
non troppo) com o tucano, praticamente estacionou.
O que o homem pretende?
A sinuca é de bico.
Não pode bater pra valer em Dilma e nem em Aécio, pois não sabe
ainda se vai apoiar um dos dois num possível 2° turno.
Mas se houver 2º
turno, quem falará mais alto será Marina Silva, cuja Rede
Sustentabilidade vem tentando sustentar Eduardo Campos. E como em
2010, quando defendeu uma posição de independência em relação à
Dilma e Serra, se mantiver a coerência, Marina não apoiará
ninguém.
Mas também já não
terá ingerência nas decisões de Campos, pois certamente o
casamento terá fim.
A meu ver fica clara a
intenção do ex-governador de Pernambuco prosseguir na disputa
apenas para saber quantos eleitores ele consegue ter no Brasil como
um todo.
Procura uma aferição
que lhe possibilitará decidir se tem emvergadura para 2018. Só
isso.
Por isso, redistas,
desistam da inversão de chapa. Sem chance.
Sobre Aécio, qual o
fôlego?
Vejam que, apesar de
ter tempo integral para a campanha, ao contrário de Dilma, e com a
mídia totalmente a seu lado, Aécio não capitalizou essa vantagem
para a pesquisa.
Embora pelo Datafolha
obtivesse 16% e agora, pelo Ibope, 20%, era de se esperar um avanço
maior.
Percebam que Dilma
também subiu. Ele não tirou votos da Presidenta. Seu incremento nas
intenções assim como também o de Dilma, veio de brancos e nulos.
O tucano agora começa
a perder o fôlego. Terá chegado ao seu máximo patamar possível?
Sem propostas para a
melhoria das condições de vida do povo, como vai subir?
Seu único fermento é
a grande mídia, que diariamente dá bofetadas em Dilma.
O leitor que é
contrário ao Governo já se decidiu. Para o indeciso, a overdose de
ataques da imprensa pode provocar ojeriza ao candidato tucano. Já
tem gente estranhando por que a imprensa após ter durante mais de
um mês explorado o caso Pasadena, defendendo uma CPI, de repente,
deixou de falar sobre o assunto.
Além disso, Aécio tem
errado e muito.
Defender medidas
impopulares soa ao povo como ruído inaceitável.
Afirmar que o salário
mínimo está muito alto e que é preciso restringir o consumo, o que
pode levar o país à recessão, também não são medidas que
agradem os empresários que, dizem lhe dar apoio.
Abílio Diniz,
presidente do Conselho de Administração da BRF, Luíza Trajano,
dona dos Magazines Luíza e Benjamin Steinbruch, sócio do Grupo
Vicunha, da CSN e do Banco Fibra tem preferido elogiar o Governo de
Dilma Rousseff.
Falar que vai acabar
com Programa Mais Médicos, que tem apoio de 84% da população é
estupidez.
Até FHC disse que
Aécio Neves está embriagado com o próprio discurso!
Dizer que vai melhorar
programas sociais como o Bolsa Família é também pura burrice.
Primeiro porque o povão não acredita. Segundo, porque até outro
dia ele era crítico ferrenho do Programa.
E Dilma? Bem, subiu um pouco depois que começou a falar. Depois que começou a se manifestar na imprensa. E sobretudo depois do vídeo do PT que foi retirado do ar após pedido do PSDB à Justiça eleitoral.
Mas logo virá o horário eleitoral, e ela terá quase metade do tempo na TV.
De qualquer forma, os
três candidatos subiram.
As coisas certamente
vão esquentar logo após a Copa do Mundo. Todos na expectativa se
vai ser um sucesso ou um fracasso.
É isso que vai ditar
os números das próximas pesquisas.
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